segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Dúvidas e amor

Movidos a problemas?

Eu discordo dessa máxima. Coloco, aqui, minha justificativa. Acredito, seriamente, que são as dúvidas que nos movem e não os problemas. Fica assim: somos movidos a dúvidas. Afinal, se tivéssemos total certeza de que nossos problemas se resolveriam, não nos preocuparíamos, ou seja, eles não nos moveriam. No entanto, graças às nossas dúvidas sobre cada minuto seguinte, acordamos, lavamos o rosto e bola pra frente... hora de desvendar as tais!

Ultimamente, tenho ouvido dúvidas de todo o tipo e de gente de toda idade, o que fez comprovar a minha teoria. “Por que ele tá vestindo aquilo?” (05 anos, ao ver um homem com um sobretudo preto); “É mãe e filha?” (05 anos, ao ver um casal gay); “Por que Florianópolis é a capital de SC, e não Joinville?” (10 anos, ao descobrir que, territorialmente, a cidade é maior que Florianópolis); “Quero saber, então, por que Brasília é a capital e não São Paulo, que é o ‘centro’ do Brasil?” (80 anos, na mesma conversa da pergunta anterior). O que quero dizer é: enquanto houver dúvida, o ser humano pode ser considerado vivo.

Mas... calma. Não acho que a razão de viver do ser humano seja a dúvida. Ainda continuo com a certeza de que a razão de viver de todo ser humano é o amor. Não interessa a quem ou a que ele dedica o seu sentimento, será esse o motivo do abrir de olhos seguido de um pulo (que muitas vezes parecem obrigatórios) todos os dias.

Há quem dedique o seu amor a cachorros, a carros, a astros, a pessoas etc. Amor próprio também vale. Vale tudo pra estar vivo, exceto não amar. Se pensarmos dessa forma, fará todo o sentido os dias desanimados - quase sem vida, logo quase sem amor. Se acordássemos só pra cumprir tarefas (na maioria das vezes, chatas, por sinal), não sairíamos da cama. Para concordar, é só lembrar os dias bem frios ou os que dormimos pouco. Ninguém, em sã consciência, acordaria só pra resolver problemas.

Fica assim, então:
Todo ser humano é movido a dúvidas e impulsionado pelo amor. Problema é dele!

“Se você pudesse viver pra sempre, você viveria pra que?” (Stephenie Meyer)